terça-feira, 14 de julho de 2009

Os Planetóides

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Ceres

Ceres é um planeta anão que se encontra no cinturão de asteróides, entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço dessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço do total da massa do cinturão.

Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, pouco se sabe sobre Ceres. A superfície ceriana é enigmática: em imagens de 1995, pareceu-se ver um grande ponto negro que seria uma enorme cratera; em 2003, novas imagens apontaram para a existência de um ponto branco com origem desconhecida, não se conseguindo assinalar a cratera inicial.

A própria classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteróide por mais de 150 anos.

No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4,6 bilhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteróides".

Mitologia

Originalmente, o novo planeta foi chamado de Ceres Ferdinandea em honra à figura mitológica Ceres e ao Rei Fernando IV de Nápoles e da Sicília. A parte Ferdinandea não foi bem recebida pelas outras nações e foi removida.

Na mitologia romana, Ceres é equivalente à deusa grega, Deméter, filha de Saturno, amante e irmã de Júpiter, irmã de Juno, Vesta, Neptuno e Plutão. Ceres era a deusa das colheitas e do amor maternal. A veneração de Ceres ficou associada às classes plebeias, que dominavam o comércio de cereais.

História de observação e exploração

Anúncio da descoberta de Ceres por Piazzi.

A lei de Titius-Bode preconizava a existência de um planeta entre Marte e Júpiter a uma distância de 419 milhões de quilómetros (2,8 UA). A descoberta de Urano por William Herschel em 1781 a 19,18 UA confirmava a lei publicada apenas três anos antes. No congresso astronómico que teve lugar em Gota, na Alemanha em 1796, o astrónomo francês Jérôme Lalande recomendou a sua procura.

Os astrónomos iniciaram a procura pelo Zodíaco e Ceres foi descoberto acidentalmente no dia 1 de janeiro de 1801 por Giuseppe Piazzi, que não fazia parte dessa comissão, usando um telescópio situado no alto do Palácio Real de Palermo na Sicília. Piazzi procurava uma estrela listada por Francis Wollaston como Mayer 87, porque não estava na posição descrita no catálogo. No dia 24 de Janeiro, Piazzi anunciou a sua descoberta em cartas a astrónomos, entre eles Barnaba Oriani de Milão. Ele catalogou Ceres como um cometa, mas "dado o seu movimento muito lento e algo uniforme, ocorreu-me várias vezes que pode ser algo melhor que um cometa".[1] No ínicio de Fevereiro, Ceres perdeu-se quando passou por detrás do Sol. Em Abril, Piazzi enviou as suas observações completas para Oriani, Bode e Lalande. Estas foram publicadas na edição de Setembro de 1801 do Monatliche Correspondenz.

Sistema solar interior. Ceres orbita entre Marte e Júpiter a par de vários pequenos asteróides. Posições dos planetas e Ceres em 1 de Setembro de 2006 (O tamanho dos planetas não está em escala).

Para recuperar Ceres, Carl Friedrich Gauss, na altura com apenas 24 anos de idade, desenvolveu um método para a determinação da órbita a partir de três observações. Em poucas semanas, ele previu o brilho de Ceres pelo espaço, e enviou os seus resultados para o Barão von Zach, editor do Monatliche Correspondenz. No último dia de 1801, von Zach e Heinrich Olbers confirmaram a recuperação de Ceres.

Ceres foi considerado demasiado pequeno para ser um verdadeiro planeta e as primeiras medidas apresentavam um diâmetro de 480 km. Ceres permaneceu listado como um planeta em livros e tabelas de astronomia por mais de meio século, até que vários outros corpos celestes foram descobertos na mesma região do sistema solar.[2] Ceres e esse grupo de corpos ficaram conhecidos como cintura de asteróides. Muitos cientistas começaram a imaginar que estes seriam o vestígio final de um velho planeta destruído. Contudo, hoje sabe-se que o cinturão é um planeta em construção e que nunca completou a sua formação.

Uma ocultação de uma estrela por Ceres foi observada no México, Flórida e nas Caraíbas no dia 13 de Novembro de 1984: com esta ocultação foi possível estabelecer o tamanho máximo, mais de duas vezes a dimensão que se julgava, e a forma do planetóide, que se apresentava praticamente esférico. Em 2005, descobriu-se que Ceres era um corpo celeste mais complexo do que se tinha imaginado, mostrando-se como um planeta embrionário.[3]

Impressão artística da visita da Sonda Dawn a Ceres (maior corpo celeste à direita da sonda) e Vesta (à esquerda).

Em Agosto de 2006, foi classificado como planeta anão, pela proposta final da União Astronómica Internacional, dado que não tem dimensão suficiente para "limpar a vizinhança da sua órbita". A proposta original definiria um planeta apenas como sendo "um corpo celeste que (a) tem massa suficiente para que a própria gravidade supere forças de corpos rígidos levando a que assuma uma forma de equilíbrio hidrostático (aproximadamente redondo), e (b) em órbita em volta de uma estrela, e não é uma estrela nem um satélite de um planeta". Caso esta solução tivesse sido adoptada, Ceres tornar-se-ia no quinto planeta a partir do Sol.[4]

À data, nenhuma sonda visitou Ceres. Contudo, a missão Dawn será a primeira nave espacial a estudar Ceres. Inicialmente, a sonda irá visitar Vesta, por aproximadamente seis meses em 2010, antes de sobrevoar Ceres em 2014 ou 2015.

Apesar de não ter um campo magnético e gozar de baixa gravidade, existem ideias para que Ceres seja um dos possíveis locais para a colonização humana futura no sistema solar interior, provavelmente depois de se estabelecer uma base humana permanente em Marte.[5] Ceres tem recursos hídricos sob a forma de gelo com 1/10 de toda a água dos oceanos terrestres e luz solar suficiente para a produção de energia solar. Transformar-se-ia, assim, numa espécie de base para a mineração de asteróides, e possibilitando que esses recursos minerais possam ser depois transportados para Marte, a Lua e a Terra.

Geologia planetária

Estrutura de Ceres.

Ceres em comparação com a Lua.

Ceres é o único planeta anão nas proximidades do Sol. Entretanto, nos confins do sistema solar, existem quatro planetas anões, ambos maiores que Ceres, a saber: Plutão, Haumea, Makemake e Éris. Vários planetóides gelados destas regiões remotas e que aparentam ser maiores que Ceres aguardam a classificação como planetas anões, apesar de muitos deles serem menos massivos.

Os cientistas há muito que teorizaram que Ceres seria uma massa indiferenciada e homogénea, semelhante a muitos corpos carbonáceos que povoam a Cintura de Asteróides, tendo 0,113 de albedo, muito semelhante ao da Lua, levando a se supor que a sua superfície deverá ser análoga à do nosso satélite natural.[6] No entanto, Peter Thomas e os seus colaboradores mostraram que isto não era verdade.[3] O grupo observou e gravou rotações inteiras de Ceres usando o Telescópio espacial Hubble entre Dezembro de 2003 e Janeiro de 2004. Ao examinarem as imagens, verificaram que Ceres era quase perfeitamente esferóide, com uma pequena protuberância de 30 km no equador, ao contrário da grande maioria dos asteróides, tornando-o único entre os asteróides. Anteriormente, pensava-se que a protuberância fosse de 40 km, através das melhores medições da massa de Ceres anteriormente realizadas. A diferença, segundo Thomas e seus colegas, deve-se a que Ceres não é homogéneo, mas estruturado em camadas, com um núcleo denso de rocha coberto por um manto de gelo de água, por sua vez coberto por uma crosta leve.[3]

O manto de Ceres deverá ser de gelo de água, porque a densidade de Ceres é menor que a da crosta da Terra e porque marcas espectrais da superfície evidenciam minerais moldados pela água. Assim, estimou-se que Ceres deverá ser composto por 25 por cento de água, mais que toda a água doce na Terra. Esta água encontra-se enterrada sobre uma fina camada de poeira.[7]

Caso não fossem as perturbações gravitacionais de Júpiter há milhares de milhões de anos, Ceres seria, indiscutivelmente, um verdadeiro planeta.[3] Com uma massa de 9,45±0,04×1020 kg, Ceres tem mais do que um terço do total de 2,3×1021 kg de massa de todos os asteróides do sistema solar (que ainda é apenas cerca de 4% da massa da Lua).

Imagens do Telescópio espacial Hubble de 2003-2004 com uma resolução de cerca de 30 km. A natureza do ponto brilhante é desconhecida.

Existe alguma ambiguidade relativamente às características da superfície de Ceres. As imagens ultravioleta de baixa resolução tiradas pelo Telescópio espacial Hubble em 1995 mostram um ponto negro na sua superfície, ao qual foi dado o apelido "Piazzi", que teria 250 km de diâmetro, um quarto da dimensão de Ceres, e que teria resultado do impacto de um asteróide com 25 km de diâmetro.[8] Mais tarde, imagens de maior resolução tiradas durante uma rotação completa com o telescópio Keck, usando óptica adaptativa, não mostraram sinais da existência de "Piazzi". Contudo, duas características escuras foram vistas movendo-se ao longo de uma rotação do planeta anão, uma com uma região central brilhante e que se supõe serem crateras.

Imagens tiradas de uma rotação em 2003 e 2004 pelo Hubble mostraram um ponto branco enigmático, cuja natureza é desconhecida.[7] As características escuras vistas pelo Keck não são, imediatamente, visíveis nestas imagens.

As últimas observações também determinaram os pontos do pólo norte de Ceres (dando ou tirando cerca de 5°) em direcção da ascensão recta 19 h 24 min, declinação +59°, na constelação Draco. Isto significa que a inclinação axial é muito pequena, cerca de 4±5°.

Atmosfera

Existem ainda algumas indicações que sua superfície seja quente e deva possuir uma fraca atmosfera e gelo. A temperatura máxima ao meio-dia foi estimada em cerca de -38 °C em 5 de Maio de 1991.[9] Tendo em conta a distância ao Sol, a temperatura máxima deverá atingir -34 °C no periélio. Um dia em Ceres é pouco mais de nove horas terrestres.

 

Ficheiro:2003EL61art.jpg

Haumea

Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutóide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hiʻiaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a rápida rotação, elongação extrema e albedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo.

Apesar de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade.[1]

A controvérsia Atégina/Haumea

O planeta 2003 EL61 provocou uma das disputas homéricas no meio astronômico que se tem notícia desde que Galileu brigou pelo direito de ter descoberto as maiores Luas de Júpiter. 2003 EL61 foi descoberto por José Luis Ortiz y Francisco Aceituno e Pablo Santos Sanz, astrofísico do Instituto de Astrofísica de Andaluzia. Em 29 de julho de 2005, enviaram os dados obtidos no observatório espanhol para o MPC Minor Center Planet. Pouco depois, Mike Brown, o famoso descobridor de Makemake e Éris, enviou felicitações aos colegas espanhóis. E devido a esse anúncio, Brown se viu obrigado a reportar precipitadamente à MPC a existência de dois outros transnetunianos gigantes que havia descoberto há tempos e que estava escondendo da comunidade científica. Durante o tempo que manteve ocultas as informações sobre esses objetos (Éris e Makemake) e descoberto pelos astrônomos espanhóis (2003 EL61), Brown teve tempo de realizar muitas especulações sozinho e eliminar os possíveis competidores por descobertas astronômicas que podiam ter observado também esses objetos. Depois do anúncio pelos espanhóis, Brown chegou a acusá-los no New York Times de roubar seus dados sobre 2003 EL61 pela Internet e anunciar a descoberta do transnetuniano antes de sua equipe. E em 11 de setembro de 2006 após todo o alvoroço do anúncio de 2003 EL61 pelos espanhóis e a tentativa de Brown de se adonar do direito de descoberta, o Instituto de Astrofísica de Andaluzia mandou uma proposta formal de nome ao MPC propondo o nome de Ataecina (Atégina em português), uma deusa ibérica, para o objeto que até então tinha o nome científico de 2003 EL61. O comitê aceitou a proposta do nome enviada pelos espanhóis, mas em 17 de setembro de 2008 anunciou que o nome escolhido era Haumea, uma divindade havaiana, e que o nome era proposto pelo americano Mike Brown. Desse modo a I.A.U. (International Astronomical Union) cerceou o direito de descoberta e de nomeclatura dos espanhóis e quebrou umas de suas mais antigas leis de astronomia: a de que aquele que anuncia primeiro e oficialmente um corpo celeste tem o pleno direito de batizá-lo. Assim, a I.A.U. cedeu controversamente o direito a Brown e sua equipe, o que causou mal estar em toda a comunidade astronômica, que viu com maus olhos a atitude da I.A.U. e classificou-a como protecionismo e corrupção política no meio científico. A discórdia estava plantada, a União Astronômica Internacional ficou em cima do muro: deixou o nome do descobridor em branco, colocando apenas o local de descobrimento como sendo o observatório de Andaluzia e batizou o planeta-anão com o nome sugerido pela equipe do Caltech. Muitos consideraram a atitude tendenciosa, pelo simples fato de que o nome proposto pelo americano Brown é o de uma deusa havaiana, e o mais novo presidente dos Estados Unidos(campanha de 2008), Barack Hussein Obama é um havaiano. Os espanhóis se sentiram "furtados" em seu direito e alegaram que Brown tinha apenas o direito de batizar os satélites de "Atégina", já que, esses sim, foram descobertos e anunciados oficialmente pelo americano e sua equipe. Ortiz e Aceituno chegaram a propor à I.A.U. que indicasse um nome neutro a fim de dar por encerrada a disputa com a equipe de Brown, mas a União Astronômica não se pronunciou quanto a isso. Assim permanece a discussão astronômica sobre o nome aprovado pela I.A.U. e o nome de direito; cabe ao senso comum decidir por qual nome o novo planeta deve ser chamado, decidindo pelo que é correto e justo.

Descobertas e classificações

Astrônomos descobriram um novo conjunto de corpos celestes no Cinturão de Kuiper, uma região do sistema solar além da órbita de Netuno repleta de pequenos astros gélidos. É possível que se trate dos destroços de uma enorme colisão sofrida por Atégina/Haumea. Isso porque, de acordo com o grupo do Instituto de Tecnologia da Califórnia - (Caltech), nos Estados Unidos, os corpos encontrados têm superfície e propriedades orbitais semelhantes às de Atégina/Haumea, cujo tamanho o coloca na categoria dos planetas anões, que inclui Plutão.

A equipe de Michael Brown, do Caltech, propõe que os fragmentos descobertos são pedaços da camada de gelo que cobre o planeta-anão, que tem cerca de um terço da massa de Plutão. Essas “famílias” de rochas com órbita e superfície similares já haviam sido observadas no cinturão de asteróides localizado entre Marte e Júpiter, mas esta é a primeira ocorrência de objetos oriundos de colisões registrada no cinturão de Kuiper. A descoberta pode fornecer um campo de estudos de choques de astros em grande escala – a teoria mais aceita sobre a formação da Lua diz que o satélite se originou a partir da colisão de um objeto enorme com a Terra. Além disso, esse campo de estudo possibilita análises mais detalhadas dos objetos do cinturão de Kuiper e uma melhor compreensão da história do sistema solar.

Luas

Atégina/Haumea possui dois pequenos satélites naturais: Hiʻiaka e Namaka. Seus diâmetros variam entre 100 e 400 quilômetros, e suas distâncias ao planeta anão entre 9000 e 60000 quilômetros.

Mitologia de Atégina e Haumea

Atégina é uma das mais antigas divindades adoradas na Lusitânia e na Bética, antigos nomes para as regiões onde hoje se encontram Portugal e Espanha. Seu nome quer dizer "renascimento". Era a rainha do inferno, invocada para curar ou provocar a morte. Seus animais sagrados eram o bode e a cabra. Os romanos ideitificaram Atégina com a deusa Prosérpina (Perséfone) filha de Ceres deusa da agricultura e esposa de Plutão, rei do inferno. O mito de Atégina conta que foi roubada de sua mãe por Plutão que a levou para ser sua esposa no inferno. Ceres sua mãe a procurou por todo o mundo, até que soube de seu paradeiro. Então Ceres pediu a Júpiter rei dos deuses que obrigasse Plutão a devolver Atégina. Plutão se recusou pois a donzela já havia comido de seu banquete e por isso não poderia voltar ao mundo dos vivos. Ceres ameaçou Júpiter dizedno que a terra nunca mais produziria alimentos e a humanidade morreria caso não tivesse sua filha consigo. Júpiter então enviou Mercúrio para trazer Ceres, Plutão e Atégina até sua presença, e ordenou que a jovem passasse seis meses com o esposo no inferno, e seis com a mãe sobre a terra. O mito de Atégina é uma metáfora sobre as quatro estações e a morte e o renascimento da terra. Justamente por haver um planeta chamado Plutão, os espanhóis pretendiam dar ao novo astro o nome ibérico de sua esposa.

Haumea é uma divindade primitiva do havaí, deusa do nascimentos e da fertilidade. Geralmente é identificada com Papa, uma antiga deusa mãe. Haumea pôde renascer constantemente, pelo que teve muitos filhos com seus próprios rebentos e descendentes. Também estava relacionada com os frutais sagrados, que produziam frutas segundo a sua vontade. E com sua varinha mágica ela povoava as águas que rodeiam as ilhas havaianas com grandes cardumes de peixes.

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Éris

Mitologia

Éris (c. 520 a.C.)

Éris era a deusa da discórdia. O foi chamado assim porque a sua descoberta lançou a discórdia entre os astrónomos quanto à definição de um planeta e causou, indirectamente, a descida de estatuto de Plutão de "planeta" para "planeta anão". Na mitologia grega é famosa por ter causado, indirectamente, a Guerra de Tróia.[4] Era também conhecida por acompanhar o seu irmão Ares (Marte) para o campo de batalha e, quando os outros deuses iam embora, ela ficava rejubilando-se da carnificina.

Antes de receber o nome tinha a designação provisória de 2003 UB313, que é uma matrícula atribuída automaticamente de acordo com o protocolo da União Astronómica Internacional (UAI) para os planetas menores. No entanto, a probabilidade de que esse corpo celeste fosse classificado como um planeta levou a que a UAI não autorizasse nenhum nome, dado que não era claro se seria classificado como um planeta principal ou não. Caso fosse, a UAI só aprovaria nomes da tradição greco-romana, tal como acontece com todos os outros planetas do Sistema Solar. A indecisão levou a que o nome "Xena" (uma suposta personagem da mitologia grega) fosse adoptado popularmente como alcunha; essa suposta personagem mitológica foi criada especialmente para a série televisiva Xena, A Princesa Guerreira.[5] Um dos nomes mais sugeridos para Éris era o de Perséfone (a Proserpina romana), mulher de Plutão.

História de observação e exploração

Imagens espaçadas no tempo que mostram o movimento de Éris (num círculo) em relação ás estrelas.

Um grupo de cientistas formado por Michael Brown, Chad Trujillo e David Rabinowitz, utilizando o observatório instalado no monte Palomar na Califórnia, varriam o céu à procura de grandes corpos celestes no sistema solar exterior. Descobrindo-se, assim, vários planetóides, tais como Quaoar, Orco e Sedna.

Observações de rotina feitas em 21 de Outubro de 2003, encontraram um novo corpo celeste; devido, contudo, ao seu movimento extraordinariamente lento, não foi dado como candidato, vez que o sistema de procura automática em imagens excluía todos os astros que se movessem a menos de 1,5 arcosegundos por hora, por forma a reduzir o número de falsos candidatos.

Contudo, Sedna foi descoberta a mover-se a apenas 1,75 arcosegundos por hora, o que levou a equipa a decidir re-analisar manualmente dados já registados, considerando um valor menor de movimento angular. Em 5 de Janeiro de 2005, esta nova análise revelou a existência de Éris confirmando o seu lento movimento pelo espaço.

O novo astro, com uma magnitude aparente de cerca de 19, é suficientemente brilhante para poder ser visto mesmo com um telescópio modesto. A inclinação da sua órbita é responsável por não ter sido descoberto até então, dado que a maioria das pesquisas para corpos do sistema solar exterior concentravam-se no plano eclíptico, no qual é encontrada a maioria dos corpos do sistema solar, incluindo a Terra.

A proporção da distância entre os diferentes planetas do sistema solar e Éris.

Observações subsequentes foram levadas a cabo, de forma a estimar a distância e o tamanho, o que levou a que a sua descoberta não fosse anunciada antes de terem sido determinadas com maior exactidão a dimensão e a massa de Éris.

Entretanto, foi intempestivamente anunciada, por um outro grupo em Espanha, a descoberta de um corpo celeste apelidado de 2003 EL61, precisamente o que a equipa norte-americana estava a observar, o que levou esta a acusar o grupo espanhol de falta de ética e a anunciar, de forma precipitada, a descoberta de Éris no dia 29 de Julho de 2005. No mesmo dia, outros grandes planetóides foram anunciados: 2003 EL61 e 2005 FY9, lançando a confusão na imprensa com uma plétora de descobertas importantes ao mesmo tempo.

Órbitas de Éris e Plutão com datas e distâncias em UA.

Apesar de previamente terem sido descobertos grandes planetóides na cintura de Kuiper, eram todos menores em dimensão quando comparados com Plutão. Pelo contrário, Éris revelou-se maior, lançando o debate sobre a sua categorização como décimo planeta, tal como pretendido pelos seus descobridores ou como um simples planetóide.

A indefinição prolongou-se por largos meses, lançando a discórdia entre os astrónomos do que seria um planeta. Pouco tempo depois, no encontro da UAI não houve consenso quanto à categorização deste novo mundo como um planeta principal. No entanto, onze dos dezenove membros apoiariam que fosse categorizado como planeta, enquanto que 6 membros propuseram que se reduzisse o número de planetas principais para oito, retirando também o estatuto a Plutão. Até à decisão final, todos os corpos celestes a orbitarem para além de Plutão serão classificados apenas como objectos transneptunianos.

A UAI fez uma reunião geral em Agosto de 2006: na proposta inicial da definição do termo "planeta", Éris seria categorizado como um planeta. No entanto, a pressão de um grupo de astrónomos fez com que uma nova definição fosse escrita, que acabou por ser aprovada unanimemente, atirando Éris, Ceres e Plutão para um novo grupo de corpos celestes - os "planetas-anões", que não são reconhecidos como planetas principais.[6] Éris recebeu o nome da deusa grega da discórdia.[7]

Com a descoberta de Disnomia, um satélite de Eris, Michael Brown e Emily Schaller, astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, puderam medir de maneira precisa a massa do Eris com ajuda do telescópio espacial Hubble.

Eris tem aproximadamente 27% mais massa que Plutão segundo os pesquisadores, que tiveram os trabalhos publicados na edição da revista "Science" de 15 de junho.

Geologia planetária

O espectro infravermelho de Éris comparado com o de Plutão, mostra semelhanças visíveis entre os dois corpos. As setas denotam linhas de absorção de metano.

Éris é o maior corpo celeste conhecido para além da órbita de Neptuno, logo, maior que Plutão. Tal como Plutão, é composto de uma mistura sólida de gelo e rocha. Ambos podem ser vistos como objectos da cintura de Kuiper ou como planetas gelados, apesar de Éris ser do tipo disperso, ou seja, terá sido formado na parte interior da cintura, mas atirado para uma órbita mais distante devido a uma possível influência gravitacional de Neptuno.

O albedo de Éris não é totalmente conhecido e o seu tamanho real não pode ser determinado. Contudo, os astrónomos calcularam que, numa conjectura extrema, Éris reflectisse toda a luz que recebe, seria mesmo assim maior que Plutão (2390 km).

Para ajudar a determinar melhor a dimensão deste objecto celeste, foram feitas análises preliminares com recurso a observações feitas com telescópios espaciais: o Spitzer e o Hubble. O primeiro telescópio indicou que Éris seria 20% maior que Plutão (2274 km); o segundo indicou que seria apenas 1% maior indicando um albedo extraordinariamente elevado.

Em Fevereiro de 2006, um artigo da revista Nature da autoria de um grupo de cientistas alemães indicou que Éris tem 3000 km ±300km ±100km, ou seja, algo do tamanho da Lua e 30% maior que Plutão. Para determinar o diâmetro, o grupo usou observações da emissão térmica de Éris. A primeira margem de erro tem em atenção os erros de medida, e a segunda devido à velocidade de rotação e a orientação do astro serem desconhecidas.

Estes cientistas determinaram que o albedo é muito semelhante ao de Plutão, ou seja, é de 0,60 ± 0,10 ± 0,05. Sugerindo que o metano cause que a superfície gelada seja bastante reflectora.

Éris parece ser algo análoga a Plutão e a Tritão (a grande lua de Neptuno) devido à presença de gelo de metano.

Ao contrário do aspecto avermelhado de Plutão e Tritão, o planetóide Éris parece ser cinzento. Isto parece ser devido à enorme distância de Éris em relação ao Sol o que permite que o metano condense, cobrindo uniformemente toda a superfície.

O metano é muito volátil e a sua presença mostra que Éris se manteve sempre nos confins do sistema solar, ou seja, sempre foi um mundo extremamente frio levando a que o gelo de metano subsistisse. Ou, talvez, desfrute de uma fonte interna de metano que liberte o gás para a atmosfera; note-se que 2003 EL61, um outro corpo celeste da mesma zona do sistema solar, revelou a presença de gelo de água, mas não de metano.

Dados não oficiais com recurso às observações do telescópio Hubble indicaram que Éris teria um albedo elevado, sugerindo que a superfície é composta de gelo fresco.

Atmosfera e clima

Apesar de Éris se encontrar cerca de três vezes mais afastado do Sol que Plutão, chega a estar suficientemente perto do Sol para que parte da superfície se descongele e forme uma fina atmosfera; no entanto não se sabe se isto acontece realmente.

Devido à sua órbita que se aproxima até 37,8 UA do Sol e se distancia até 97,61 UA, as temperaturas devem variar entre -232 e os -248 graus célsius.

Éris está tão afastada do Sol que este último, nos céus daquele mundo, deverá aparecer apenas como uma estrela brilhante.

Satélite

A lua de Éris, Disnomia, foi descoberta a 10 de Setembro de 2005. Estima-se que Disnomia seja oito vezes menor e sessenta vezes menos brilhante que Éris e que orbite esse último em cerca de catorze dias.

O sistema Éris-Disnomia parece semelhante ao sistema Terra-Lua. Apesar das dimensões mais reduzidas dos dois objectos, o satélite de Éris está dez vezes mais próximo do planeta que orbita que a Lua da Terra apesar de ser oito vezes menor que a nossa lua.

Ficheiro:2005FY9art.jpg

Makemake

Makemake, formalmente designado como (136472) Makemake, é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do Cinturão de Kuiper.[1] Seu diâmetro é de cerca de três-quartos o de Plutão.[2] Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores do Cinturão. Sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 30 K).

De início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como "coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de março de 2005 por uma equipe chefiada por Michael Brown. O fato foi anunciado em 29 de julho de 2005. Em 11 de junho de 2008, a União Astronômica Internacional (UAI) incluiu-o em sua lista de candidatos potenciais ao status de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Netuno que incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um plutóide em julho de 2008.[3][4]

Makemake recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da ilha de Páscoa. [5]

Ficheiro:Hst pluto1.png

Plutão

Plutão (oficialmente, 1340340 Plutão) é um planeta anão e um plutóide[1] do Sistema Solar, localizado numa região conhecida como cinturão de Kuiper. Sua órbita, excêntrica, é fortemente inclinada em relação aos planetas. Dos 248 anos que demora a para fazer a translação em volta do Sol, Plutão passa 20 anos mais perto do sol do que Netuno; no restante da órbita, permanece além de Netuno.

Possui um satélite maior chamado Caronte e dois menores, descobertos em 2005 pelo telescópio espacial Hubble e que receberam da União Astronómica Internacional (UAI) os nomes mitológicos de Nix e Hidra. Um dos motivos da escolha desses nomes foram as iniciais N e H que coincidem com a Sonda espacial New Horizons, que em 2015 visitará o sistema Plutão - Caronte e também esses novos satélites.

Até 2006, Plutão era contado como um planeta principal; mas a descoberta de vários corpos celestes de tamanho comparável e até mesmo a de um outro objeto maior no Cinturão de Kuiper fez com que a UAI, em 24 de agosto, durante uma conferência da organização, decidisse considerá-lo como um "planeta-anão",[2] juntamente com Éris e Ceres (este último localizado no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter). Plutão é visto agora como o primeiro de uma categoria de objetos trans-netunianos cuja denominação, "plutóides", foi aprovada pela UAI em 11 de junho de 2008.

Em setembro de 2006, a UAI atribuiu a Plutão o número 1340340 no catálogo de planetas menores, de modo a refletir a sua nova condição de planeta anão.

Nomeação

O direito de dar o nome ao novo objeto coube ao Observatório Lowell e a seu diretor, Vesto Melvin Slipher. Tombaugh aconselhou Slipher a sugerir um nome rapidamente para o novo objeto antes que outra pessoa o fizesse. Constance Lowell, viúva de Percival Lowell, propôs Zeus, então Lowell, e finalmente seu próprio nome, sem grande receptividade. Naquela altura, nomes mitológicos, tais como Cronos e Minerva, eram fortes candidatos.

Venetia Phair, na época uma menina de onze anos de Oxford, Inglaterra, foi a primeira a sugerir o nome Plutão. Venetia, que se interessava por mitologia clássica assim como astronomia, sugeriu o nome romano equivalente ao Hades grego, em conversa com seu avô Falconer Madan, um ex-bibliotecário da Biblioteca Bodleiana da Universidade de Oxford. Madan transmitiu a sugestão ao Professor Herbert Hall Turner, que a telegrafou ao Observatório Lowell. Acatado de maneira quase unânime, o nome Plutão foi oficialmente adotado em 1º de maio de 1930. O nome, que começa com PL, também procurou invocar Percival Lowell.

História

O astrônomo norte-americano Percival Lowell foi um de seus investigadores mais dedicados, mas nada descobriu. Doze anos depois de sua morte, seu antigo observatório, o Flagstaff, no Arizona, contratou um astrônomo mais jovem para continuar o trabalho. Plutão foi descoberto em Fevereiro de 1930 pelo jovem Clyde Tombaugh, que na época tinha 24 anos e conseguiu fotografá-lo.

Características físicas

As características físicas de Plutão são, em grande parte, desconhecidas, pois o planeta anão ainda não recebeu a visita de uma nave espacial e a distância da Terra dificulta investigações mais detalhadas.

Órbita

Órbita de Plutão - perspectiva da eclíptica. Esta "vista lateral" da órbita de Plutão (em vermelho) mostra a sua forte inclinação orbital, em comparação com a órbita mais normal de Netuno (em azul).

Órbita de Plutão - perspectiva polar. Esta "vista de cima" mostra como a órbita de Plutão (em vermelho) é menos circular do que a de Netuno (em azul). Também demonstra como Plutão por vezes se aproxima mais do sol do que Netuno. As metades escuras de ambas as órbitas correspondem a posições abaixo da eclíptica.

A órbita de Plutão é altamente incomum, comparada com a dos planetas do sistema solar. A translação destes em torno do sol ocorre próxima a um plano imaginário chamado "eclíptica", com órbitas quase circulares. A órbita de Plutão, por outro lado, é fortemente inclinada acima da eclíptica (até 17º) e excêntrica. Devido à inclinação da órbita, o periélio de Plutão localiza-se bem acima da eclíptica (~8.0 UA) . Esta alta excentricidade faz com que parte da órbita daquele planeta anão seja mais próxima do sol do que a de Netuno.

Aparência

A magnitude aparente de Plutão é mais tênue do que 14 m, razão pela qual é necessário um telescópio para observá-lo, de preferência com 30 cm de abertura. Com um diâmetro angular de apenas 0,15”, aparenta ser um objeto estelar mesmo com o uso de grandes telescópios. O planeta anão apresenta uma cor marrom clara com um tom leve de amarelo.

Massa e dimensões

Comparação entre os pares Terra-Lua e Plutão-Caronte (abaixo, à direita).

Mesmo muitas décadas após sua descoberta, a massa e o diâmetro de Plutão continuaram a ser apenas estimadas. Inicialmente, pensava-se que era muito grande, comparável ao tamanho da Terra, mas, com o tempo e observações posteriores, as estimativas foram dramaticamente revisadas para baixo.

A descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa do sistema Plutão-Caronte por meio da simples aplicação da formulação newtoniana da terceira lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente medido quando o planeta anão foi ocultado por Caronte, e o seu disco agora pode ser resolvido por telescópios com o emprego de ótica adaptativa.

A massa de Plutão equivale a menos de 0,2 a da Lua, o que torna aquele astro não apenas muito menor do que qualquer planeta mas também com massa e dimensões menores do que sete satélites: Ganimedes, Titã, Calisto, Io, a Lua, Europa e Tritão. Por outro lado, Plutão tem o dobro do diâmetro (e doze vezes a massa) de Ceres, no cinturão de asteróides, e era o maior objeto conhecido no cinturão de Kuiper até a descoberta de Éris em 2005.

Atmosfera

A tênue atmosfera de Plutão compõe-se provavelmente de nitrogênio, metano e monóxido de carbono, em equilíbrio com nitrogênio sólido e gelos de monóxido de carbono na superfície. À medida que o planeta anão se afasta de seu periélio (e do sol), sua atmosfera tende a congelar e a precipitar.

Satélites naturais

Plutão e suas luas.

[editar] Caronte

Ver artigo principal: Caronte

Caronte é o maior dos três satélites de Plutão e foi descoberto por James Walter Christy em 22 de Junho de 1978. A sua composição e dimensões são ainda muito incertas, devido à distância a que o par Plutão-Caronte se encontra da Terra. Mas as medições feitas mostram que Caronte possui um diâmetro de aproximadamente 1.207 km.

Como se viu nas últimas décadas, todos os planetas distantes tinham mais satélites do que se pensava antes dos vôos espaciais, e nunca foi visitado pelo homem. Entretanto, será visitada pela missão espacial não-tripulada New Horizons em julho de 2015, para novas pesquisas.

De acordo com as novas regras Caronte, o qual era considerado um satélite de Plutão, perde a condição de satélite e passa também a ser um "planeta", um plutono e um planeta anão. Com isso, nós passamos a ter um sistema de planeta duplo orbitando ao redor do Sol.

Hidra

Foi descoberta juntamente com Nix em junho de 2005, pela Equipe de Busca de Plutão do telescópio espacial Hubble, composta por Hal A. Weaver, S. Alan Stern, Max J. Mutchler, Andrew J. Steffl, Marc W. Buie, William J. Merline, John R. Spencer, Eliot F. Young e Leslie A. Young. As imagens da descoberta foram tiradas em 15 de maio e 18 de maio de 2005; os satélites foram avistadas pela primeira vez por Max J. Mutchler em 15 de junho de 2005 e as descobertas foram anunciadas em 31 de outubro de 2005, depois de confirmações obtidas por outras observações. A lua foi designada S/2005 P 1. O satélite orbita o baricentro do sistema no mesmo plano que Caronte e Nix, a uma distância de cerca de 65.000 km. Diferente de outras satélites de Plutão, sua órbita é apenas aproximadamente circular; sua excentricidade de 0,0052 é pequena, mas significantemente diferente de zero. Seu período orbital de 38,2 dias. Embora seu tamanho não tenha sido medido diretamente, estima-se que a lua tenha um diâmetro entre 40 km. Na época da descoberta, Hidra estava cerca de 25% mais brilhante do que sua lua irmã Nix, o que levou à suposição de que seu diâmetro era cerca de 10% maior. Porém, observações posteriores indicaram que as duas luas eram aproximadamente iguais em brilho. Hidra parece ser espectralmente neutra, como Caronte e provavelmente Nix, mas diferente de Plutão, que é avermelhado. Hidra será visitada juntamente com Plutão pela missão New Horizons,Hidra foi anunciado em 21 de junho de 2006, na Circular 8723 da UAI, junto com a designação formal Plutão III. Ela foi nomeada em homenagem à Hidra, o monstro que guardava as águas do mundo inferior de Plutão, na mitologia greco-romana.

Nix

Foi descoberto junto com Hidra em junho de 2005, a lua segue uma órbita circular no mesmo plano que Caronte. Seu período orbital é de 24,9 dias. Embora seu tamanho não tenha sido medido diretamente, estima-se que a lua tenha um diâmetro entre 40 km. Nix tem em média o mesmo brilho de Hidra, sugerindo que as duas luas sejam aproximadamente do mesmo tamanho. Pesquisas preliminares pareciam apontar que Nix era avermelhada como Plutão e diferente das outras luas, mas dados mais recentes mostram que ela é cinza como os outros satélites. Nix será visitada juntamente com Plutão pela missão New Horizons, em 2015. Nix é o nome da antiga deusa

Curiosidades

  • Se os humanos vivessem no tempo de Plutão, jamais chegariam ao primeiro aniversário. O Planeta completa sua órbita ao redor do Sol uma vez a cada 248 anos terrestres.
  • A força da gravidade em Plutão é tão fraca que um homem de 700 N na terra pesaria apenas 40 N em Plutão.
  • Em Plutão, não é possível respirar. Além do frio insuportável, Plutão tem uma atmosfera muito fina de moléculas de nitrogênio, com vestígios de Monóxido de Carbono e metano. Quando o planeta se distancia do Sol, a atmosfera congela junto a superfície novamente.
  • Plutão é um dos únicos planetas que giram sobre seu eixo horizontal. Urano é o outro. Um dia em Plutão equivale a 6,4 dias terrestres.
  • Um sinal de rádio transmitido na velocidade da Luz leva cerca de quatro horas e meia para ir da Terra a Plutão.
  • A órbita de Plutão em torno do Sol está em ressonância 3:2 com a órbita de Netuno. Isso garante que, mesmo com a projeção das órbitas na eclíptica se cruzando, os dois astros nunca se aproximem.

Retirado de:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ceres_(planeta_an%C3%A3o)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Haumea

http://pt.wikipedia.org/wiki/Makemake

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ris_(planeta_an%C3%A3o)

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